A Ilha do Pico é a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, inserida no grupo central de Ilhas dos Açores.
A ilha estende-se por 447 km2 de superfície (com uma forma alongada), 42 km de comprimento, 15,2 km de largura máxima e uma linha de costa com 151,84 km.
As datas de descobrimento dos Açores são uma incógnita, mas existem registos da colonização da Ilha do Pico ter sido iniciada por volta de 1480.
O nome Ilha do Pico deve-se à majestosa montanha vulcânica, a Montanha do Pico. Com os seus 2351 metros, esta é a montanha mais alta de Portugal e a terceira maior montanha que emerge do Atlântico.
Administrativamente, a ilha é constituída por três concelhos: Lajes do Pico, Madalena e São Roque do Pico.
Conta com uma populaçao residente de 14 114 habitantes (Censos 2011 - Instituto Nacional de Estatística).
"Pico é a mais bela, a mais extraordinária ilha dos Açores, duma beleza que só a ele lhe pertence, duma cor admirável e com um estranho poder de atração. É mais do que uma ilha - é uma estátua erguida até ao céu e amolgada pelo fogo - é outro Adamastor como o do cabo das Tormentas." (BRANDÃO, Raul. As ilhas desconhecidas.)
Em termos de Património Natural destacam-se a Gruta das Torres, na Criação Velha, e o conjunto geológico denominado Furnas do Frei Matias, a reserva natural da montanha do Pico, o planalto da achada, as lagoas naturais, e a sua fauna e flora.
A ilha apresenta experiências para todos os gostos, desde a subida à montanha do Pico (de dificuldade média/alta),os trilhos reconhecidos da ilha, observação de fauna e flora ou a observação de baleias e de golfinhos.
Os Açores são actualmente um dos maiores santuários de baleias e golfinhos do mundo. Aqui avistam-se mais de 20 tipos diferentes de cetáceos. Fazer observação destes animais durante uma viagem de barco (Whale and Dolphing Watching) é experiência memorável e imperdível que nos faz recordar o antigo grito: “Baleia à vista!”.
Património cultural destacam-se, na Madalena Museu do Vinho e Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, o Museu da Indústria Baleeira em São Roque do Pico, e o Museu dos Baleeiros nas Lajes do Pico. Destacam-se ainda o Forte de Santa Catarina (Lajes do Pico), as igrejas, conventos e os moinhos espalhados um pouco por toda a ilha.
A gastronomia da Ilha do Pico e dos Açores é muito rica! Os crustáceos como a lagosta, o cavaco e o caranguejo, os moluscos, como as lapas e as cracas, as lulas e os polvos servem de base a pratos variados e ricos. Entre os peixes destacam-se espécies como a abrótea, o bonito, a albacora, a veja, o írio, garoupa e o espadarte.
Os pratos de carne encontram-se muito presentes na gastronomia local, principalmente através das receitas regionais como “molha de carne à moda do Pico”, “torresmos”, “linguiças” e “morcelas”.
Destacam-se ainda os queijos, produzidos a partir do leite de vaca acompanhados pelo pão de massa sovada.
Falar do vinho do Pico, é sinónimo de orgulho. O modo de cultivo da vinha, contra a aspereza dos terrenos vulcânicos quase sem terra vegetal, em currais, que são áreas muradas de pedra negra, de muito pequena dimensão, marca a cultura da ilha.
Em 2004 a UNESCO considerou a Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (criada em 1996), como Património Mundial da Humanidade. Currais, maroiços, que são diversos amontoados de pedra em forma de pirâmide, vinhas e adegas com os seus equipamentos, são elementos emblemáticos da vinha e do vinho.